13 Sintomas da Síndrome do Pânico

Síndrome do Pânico: Identifique e Enfrente
A síndrome do pânico é um transtorno que atinge 2 a 3% dos brasileiros, segundo a ABP. Reconhecer os sinais físicos e emocionais é crucial para evitar complicações. Vamos detalhar cada sintoma e como agir.
1. Taquicardia ou palpitações
O coração acelera mesmo sem esforço. Batidas podem ultrapassar 150 por minuto. O medo de infarto piora a crise.
Exemplo prático:
Um estudo da UFMG mostrou que 25% das idas ao pronto-socorro por dor no peito são crises de pânico.
2. Sudorese excessiva
Suor frio surge nas mãos, rosto e costas. A roupa fica molhada em minutos. É uma resposta ao “alerta falso” do cérebro.
Alívio rápido:
Lave o rosto com água fria. Isso ativa o nervo vago, reduzindo a ansiedade.
3. Tremores ou abalos
Músculos tremem como em temperaturas baixas. É a energia acumulada sem uma ameaça real.
Dica:
Aperte uma bolinha antiestresse. O movimento ajuda a canalizar a tensão.

4. Falta de ar ou sufocamento
Sensação de “não encher os pulmões”. A hiperventilação reduz o CO2, causando tontura.
Exercício:
Respire com os lábios franzidos, como se assoprasse uma vela. Isso regula a entrada de ar.
5. Dor ou desconforto no peito
Dor aguda, como uma facada. Piora com a ansiedade. Exames cardíacos não mostram alterações.
Diferencie:
No infarto, a dor irradia para o queixo. No pânico, é localizada e varia de intensidade.
6. Náuseas ou desconforto abdominal
Enjoo acompanhado de cólicas. O sistema digestivo “desliga” durante o pânico.
Solução:
Mastigue gengibre cristalizado. Ele reduz náuseas em 80% dos casos, segundo a Anvisa.

7. Tontura ou sensação de desmaio
Visão turva e perda de equilíbrio. O cérebro prioriza órgãos vitais, reduzindo fluxo sanguíneo periférico.
Prevenção:
Deite-se com as pernas elevadas. Isso aumenta o sangue no cérebro.
8. Calafrios ou ondas de calor
Transição brusca entre frio e calor. A pele fica úmida e avermelhada.
Causa:
A adrenalina dilata vasos sanguíneos. A termorregulação falha temporariamente.
9. Formigamento nas mãos ou pés
“Agulhadas” ou dormência. Resultado da hiperventilação e baixo CO2 no sangue.
Técnica:
Esfregue as mãos vigorosamente. O atrito restaura a sensação de controle.
10. Medo de perder o controle
Pânico de gritar, correr ou agir de forma irracional. A mente entra em colapso lógico.
Dado científico:
Pesquisas da Unicamp associam esse medo à atividade excessiva no córtex pré-frontal.
11. Medo da morte iminente
Conviction de que vai morrer naquele momento. Sintoma mais relatado em terapias.
Estratégia:
Repita mentalmente: “Isso é temporário. Já passei por isso antes”.
12. Desrealização ou despersonalização
Mundo parece irreal; a pessoa sente-se “fora do corpo”. Mecanismo de defesa cerebral.
Exercício:
Toque um objeto e descreva sua textura em voz alta. Isso reconecta à realidade.
13. Sensação de perigo constante
Medo persistente de novas crises. Leva à evitação de lugares abertos ou multidões.
Tratamento:
Terapia de exposição virtual, usada no HC-FMUSP, reduz a evitação em 60% dos casos.
Como diferenciar de outras doenças?
- Labirintite: Tontura piora com movimentos da cabeça.
- Hipotireoidismo: Fadiga é constante, não apenas em crises.
- Anemia: Exames de sangue detectam baixa hemoglobina.
Causas: Genética, ambiente e química cerebral
- Genética: 40% dos casos têm histórico familiar.
- Neurotransmissores: Baixa serotonina afeta o humor.
- Estresse crônico: Trabalho excessivo ou luto são gatilhos comuns.
Dado brasileiro:
Um estudo da Fiocruz vinculou a pandemia a um aumento de 50% nos diagnósticos de pânico.
Técnicas para crises (passo a passo)
- Nomeie o medo: Diga: “Isso é uma crise, não um perigo real”.
- Respiração quadrada: Inspire 4s, segure 4s, expire 4s. Repita por 5 minutos.
- Grounding 5-4-3-2-1: Identifique 5 coisas que vê, 4 que toca, 3 que ouve, 2 que cheira, 1 que gosta.
Tratamentos baseados em evidências
- Terapia EMDR: Indicada para traumas ligados ao pânico.
- Exercícios aeróbicos: Liberam endorfinas, que combatem a ansiedade.
- Suplementos: Magnésio e vitamina B6 auxiliam na regulação nervosa.
Quando buscar ajuda profissional?
Se crises ocorrem mais de uma vez por semana, procure um especialista. Ignorar os sintomas pode levar à depressão.
Conclusão
Entender os sintomas quebra o ciclo do medo. Compartilhe conhecimento e incentive tratamentos. A cura começa com a informação.
Para saber mais:
- Hospital das Clínicas da USP – Pânico e Ansiedade
- Artigo: Neurociência do Medo (SciELO)
- Associação Brasileira de Psiquiatria – Orientações